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Harry Houdini regressa do além, para fazer mais um dos seus grandes truques... o homem que fez desaparecer objectos, pessoas, elefantes!, volta a conseguir, e faz desaparecer 186 hectares de terrenos agricolas... tudo isto, na Costa da Caparica!
Arriba fóssil da Costa da Caparica candidata às sete maravilhas
A arriba fóssil da Costa da Caparica, no concelho de Almada, é candidata às sete maravilhas naturais de Portugal. António Matos, vereador na câmara municipal almadense com o pelouro da cultura, turismo, desporto e informação, realça que o município tem um património natural “de que pouca vezes se fala”, apesar “de possuir características paisagísticas que poderiam figurar nos melhores roteiros turísticos nacionais”.
De acordo com Ricardo Guerreiro, técnico da paisagem protegida no Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), a arriba fóssil da Costa da Caparica “tem características geológicas, paisagísticas e patrimoniais” que justificam a candidatura. “A arriba resulta de um acidente geológico, servindo de testemunho da geologia de épocas passadas”, explica. O técnico do ICNB salienta que, a nível paisagístico, a arriba “possui uma imagem de corte imponente”, servindo de “moldura para a linha de praia”. “A arriba possui vegetação dunar herbácia”, refere, afirmando que o “estatuto de paisagem protegida serve de chapéu às outras características geológicas e paisagísticas do espaço”.
“A candidatura é justa, uma vez que engloba, num espaço relativamente pequeno, importantes características ambientais”, sublinha. A mesma opinião partilha António Matos, que salienta o “potencial extraordinário em termos paisagísticos”. “Almada tem uma ampla zona de praias fantásticas, que noutro local do mundo teria uma importância maior do que aquela que efectivamente se lhe dá”, afirma, referindo-se à praia da Rainha, “uma das maiores praias da Europa”. O autarca ressalva ainda “a paisagem privilegiada” a que se pode ter acesso no cimo da arriba, “que pode também ser aproveitada para desporto no ar, como o parapente”.
De acordo com António Matos, a arriba poderá ser “explorada em termos turísticos”, apesar “de ser um recurso que não pode ser aproveitado de uma forma avassaladora”. O autarca sublinha a “riqueza turística” do concelho, “que é alimentada por um mix de praias, sol e espaços verdes”. “Almada tem uma estrutura ligada à frente ribeirinha e à frente atlântica”, salienta, afirmando que a autarquia se tem “esforçado por não lançar uma única gota de esgotos sem ser tratada na estação de tratamento de águas residuais”, o que, segundo o vereador, tem permitido “a reposição de algumas espécies marinhas”.
Segundo o autarca, a câmara de Almada quer apostar no conceito de “cidade dos vales”, que prevê “uma ocupação urbanística sustentada, mas com respeito pela fauna e flora autóctones”. Assim, salienta as últimas concretizações da câmara a nível ambiental, nomeadamente as recentes inaugurações dos parques do Bom Retiro, na Sobreda, e da Aventura, na Charneca da Caparica. “Almada vai dar um grande salto em frente em termos do desenvolvimento turístico”, refere.