magia, magia...
um poema para o surrealismo nacional
por tania simoes não há dinheiro
não há carros
não há condições para trabalhar.
mas há ordenados
mas há postos de trabalho
mas há áreas protegidas a proteger.
há desemprego?
ou não?
estamos baralhados.
há uma estrada florestal
haverá uma estrada regional
são diferentes?
ou são iguais?
estamos a falar de quê, mesmo?
estamos baralhados.
descongestionar a A2
descongestionar o IC20
não há dinheiro
não há carros
não há condições para trabalhar.
ou há?
estamos baralhados.
há impacto
há zonas protegidas
há enormes potencialidades
há agricultura
há reserva ecológica nacional
há reserva botânica
há paisagem protegida da arriba fóssil da costa da caparica
irra!
mas não há dinheiro
mas não há carros
mas não há condições para trabalhar.
afinal até já há agricultura
há enormes potencialidades
há alternativas
há melhoramentos
mas vão parar ao mesmo.
ou não?
estamos baralhados.
estamos a falar de quê, mesmo?
proteger de quê, de quem?
proteger para quê, para quem?
pin!!
desapareceu!
Ministério do Ambiente chamado a responder sobre Douro Internacional e Costa da Caparica
jornal Público, 15.01.2010 - 10:34 Por Helena Geraldes
O Parque Natural do Douro Internacional sem vigilantes da natureza e uma nova estrada na Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica foram motivos suficientes para o Bloco de Esquerda (BE) e o CDS terem pedido ontem explicações ao Ministério do Ambiente.
Chegou a ter oito vigilantes da natureza mas em Outubro do ano passado, o Parque Natural do Douro Internacional ficou sem nenhum. Agora, o BE, pela voz de Rita Calvário, quer saber como explica o Ministério da Rua do Século “a falta de preenchimento do quadro de pessoal e a total ausência de vigilantes da natureza”. Mas há mais. O BE denuncia outros problemas, nomeadamente a “insuficiência de viaturas” na área do parque, com uma extensão de 85 mil hectares.
“Considera o Ministério que a gestão e preservação desta importante área protegida são possíveis nestas condições?”, questiona o Bloco. “E qual a situação das restantes áreas do país?”
O Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) reconheceu a escassez de meios. Os recursos naquela área protegida "são francamente escassos, quer por ter deixado recentemente de ter vigilantes da natureza, quer devido às dificuldades logísticas relacionadas com o parque automóvel, necessário para a deslocação dos técnicos no âmbito das suas funções“, disse em Dezembro à agência Lusa.
Mais a Sul, o CDS está preocupado com a conservação da natureza na zona da Costa da Caparica, a braços com a nova Estrada Regional 377-2 que vai ligar a Costa da Caparica à Fonte da Telha, nomeadamente a Circular Regional Interna da Península de Setúbal/IC32 no nó de Belverde. O objectivo é descongestionar a A2 e o IC20, permitindo o acesso directo à zona de praias. A Estradas de Portugal espera ter a obra concluída em 2012.
“Esta estrada vai ter um fortíssimo impacto numa zona protegida, com enormes potencialidades” para o Ambiente e para a agricultura, salienta o deputado do CDS-PP, Nuno Magalhães. Este lembrou que a sua construção contraria “alguns pareceres negativos”.
A Quercus sublinha que o traçado atravessa a Reserva Ecológica Nacional, a Reserva Botânica e a Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica.
O CDS quer que se “pondere uma alternativa” e propõe o alargamento e melhoramento da Estrada Florestal, a única via que liga a Costa da Caparica à Fonte da Telha. Nuno Magalhães sublinha que esta é “uma alternativa mais barata e com menores impactes ambientais”.
