Estamos a mudar-nos para: http://www.projecto270.com/

26.11.09

Convite à participação: 4 dias - AGORA!

Saudações sustentáveis!

Convite à participação: 4 dias - AGORA!
28, 29, 30 Novembro, 01 Dezembro

O projecto270 vai ter 4 dias de acção, antes do inicio das negociações em
Copenhaga. Este convite é para ti, reencaminha aos demais interessados.
Agrademos propostas de actividades, workshops, palestras... Por um mundo
melhor, de e para todos.


4 dias de acção @ projecto270

28 Novembro (mercado, jantar biológico, filmes)
a partir das 16.00 abertura do projecto
.exposição e venda de produtos de agricultura biologica e comercio justo.
.visita guiada á exploração
.Documentário
.Jantar
.Filme
.Chill-out


29 Novembro (dia das crianças),
.11.00 o que é uma Duna?
.12.00 o que é um lençol friático
.13.00 almoço
.14.30 agricultura biológica para crianças
.15.00 os animais que trabalham connosco na horta
.17.00 lanche

30 Novembro (dia dos movimentos sociais)
comemoração dos 10 anos Seattle dia aberto a todos os cidadãos que queiram
apresentar alternativas ao modelo vigente

01 Dezembro (dia aberto à participação, biodiversidade, agricultura
familiar)

aguardamos o teu contacto!
feedback: mail@projecto270.com

24.11.09

É p'ra amanhã




É p'ra amanhã
Nuno Belchior, projecto270

 

“Desculpa” surge como forma de eximir da culpa.
“Adiar” é transferir para outro dia.


Durante 17 anos a desculpa tem vindo a ser utilizada para justificar a perpetuação de um dos maiores actos criminosos que o homem conseguiu edificar: a destruição ecológica.
Em 1992 no Rio de Janeiro, a cimeira da Terra marcou uma nova maneira de ver o Mundo e, para muitos, seria o abrir de um novo capítulo acerca da história da vida humana no planeta. Contudo, em 2002, a cimeira da Terra em Joanesburgo demonstrou que seria impossível mudar a economia capitalista baseada na exploração global dos recursos naturais.

O século XX foi marcado por revoluções e, entre elas, provavelmente a mais importante foi a revolução verde, pelos efeitos nefastos já produzidos que irão perpetuar-se no tempo.
O agricultor transformou-se em produtor agrícola, e as pessoas transformaram-se em consumidores. Num curto espaço de tempo desapareceram as grandes florestas, a biodiversidade diminuiu de forma acelerada, 75% da diversidade agricola desapareceu, segundo a FAO, Nações Unidas (Food and Agriculture Organisation).
A privatização da vida e da liberdade, nunca mais se desassociou da tríade constituída por agricultura intensiva, petróleo e sector financeiro.
Homogeneizou-se assim a paisagem, a alimentação e o pensamento.
Destruiu-se o conceito de comunidade para dar lugar ao individualismo disfuncional.

Alteramos a História, desvalorizamos e inferiorizamos os ecossistemas naturais bem regulados, eficazes e produtores de riqueza.
Valorizamos o aditivo, como forma de escamotear a perca da Essência.

Os fluxos de migração a que assistimos hoje, têm a sua origem no século XVIII.
A escravatura dos povos africanos e sul-americanos, o êxodo rural europeu, marcaram o mundo de forma trágica.
Esta é a génese do que hoje aceitamos como neo-liberalismo.

A ciência apoiada por grupos económicos impôs-se, desvalorizando outras formas de conhecimento, utilizando modelos de estudo que buscassem o fim de apenas atingir o lucro fácil. O conhecimento passou a ser uma forma de manobrar pessoas, e de impor medidas que permitissem concentrar nas mãos de poucos, a vida de milhões.

COP-15 é a próxima conferência da ONU sobre o ambiente e alterações climáticas, de 7 a 18 de Dezembro, em Copenhaga, onde se irá discutir de que forma o mundo vai resolver a ameaça do aquecimento global à sobrevivência da civilização humana.

No próximo mês seremos testemunhas da incapacidade de se desenvolver um novo modelo que tenha em consideração a vida.
As alternativas tecno-financeiras a apresentar para combater as alterações climáticas apenas servem para a manutenção da irrealidade e do sofrimento.
Assumir-se-á definitivamente o modelo acéfalo.

Durante os últimos 17 anos as Nações Unidas, e as diferentes organizações que a compõem, estudaram, analisaram, provaram que esta forma de desenvolvimento é uma regressão.
Ficarmos indiferentes a este encontro é demonstrarmos a nós próprios que a nossa existência
é fruto do acaso.

Nuno Belchior, projecto270