Estamos a mudar-nos para: http://www.projecto270.com/

30.7.12

Caminhos da Agroecologia e do Consumo Responsável





5ª feira – 19h00 – RDA69 (Regueirão dos Anjos, 69 | Metro Anjos)

intercâmbio * experiências * jantar popular * debate * redes e alianças

Iniciativas que partilham uma “identidade agroecológica” estão em grande expansão na Europa e por todo o mundo. Entre essas iniciativas constam, por exemplo, comunas rurais, hortas urbanas, projectos de permacultura, guardiões de sementes, CSA, cooperativas de consumo e iniciativas de transição. Em grande medida, essas iniciativas partilham os valores e linguagens dos movimentos agrários e ecológicos do Sul Global e de movimentos sociais anti-capitalistas.

O encontro visa oferecer um espaço para partilha de experiências e convergência de distintas iniciativas que partilham os valores da agroecologia.

Programa:
19h00 – Apresentação de iniciativas:
  • La Garbancita Ecológica (Madrid) | Pilar Galindo
  • CAAS/Projecto 270 (Lisboa/Costa da Caparica) | Nuno Belchior
  • Horta Comunitária da Damaia (Amadora) | Rui Ruivo
  • Hortas pela Diversidade (Portugal) | Lanka Horstink
  • CSA-Freudenthal (Kassel, Alemanha) | Gualter Barbas Baptista
20h30 – Jantar popular com discussão aberta sobre os projectos apresentados
21h30 – Debate sobre o movimento e redes de agroecologia

As iniciativas apresentadas:
La Garbancita Ecológica é uma cooperativa sem fins lucrativos, para a promoção do consumo responsável agroecológico, autogestionado e popular. Após uma década de experiência, os Grupos Autogestionados de Consumo (GAKs) criaram em 2007 este projecto de economia social como uma logística própria que assegura os direitos dos agricultores e consumidores ecológicos. O nosso nome expressa os nossos traços de identidade: http://www.lagarbancitaecologica.org/garbancita/index.php/quienes-somos

Um conjunto de pessoas da Assembleia Popular da Graça e Arredores e do grupo de Transição Anjos-Graça decidiu envolver-se no projecto chamado Coletivo de Apoio à Agricultura Sustentável (CAAS) promovido e dinamizado pelo Projecto 270 na Costa da Caparica. A partir de Outubro, um grupo de 12 núcleos familiares irá receber semanalmente legumes biológicos produzidos pelo Projecto 270. Desde as escolhas das sementeiras até ao produto final da sua alimentação,o processo segue uma lógica de participação directa, consciente, activa e de abatimento dos custos para produtos melhores do que os encontrados no mercado convencional.

A Rede das Hortas pela Diversidade nasce no seio da Campanha Europeia pelas Sementes Livres, como o seu braço prático. A luta do movimento europeu pela libertação das sementes também tem sido travada no campo, recuperando a prática milenar de preservar e trocar sementes. A Campanha procura ligar em rede todas as hortas que promovam princípios de preservação do ecossistema, da defesa das sementes tradicionais e da agrobiodiversidade e ainda a colaboração e solidariedade entre hortelões. As Hortas pela Diversidade propõem-se a trocar informação, sementes e conhecimentos entre hortas dentro e fora da rede, a organizar eventos e oficinas em torno das temáticas da alimentação, variedades tradicionais, gastronomia local, agrobiodiversidade e soberania alimentar.

As Hortas em espaços urbanos são uma forma de utilização de espaços verdes que se vêm tornando cada vez mais frequente no mundo. A Horta Comunitária da Damaia, criada num espaço público degradado, agrega duas tipologias de horta urbana. Por um lado, a horta procura constituir um recurso no provimento de alimentos fundamentais para a alimentação dos moradores tendo, assim, um elevado carácter social e de inter-ajuda. Por outro lado, pretende constituir-se como um espaço de partilha de conhecimentos entre gerações, recorrendo a práticas agrícolas tradicionais e articulando-as com ideias inovadoras.

O projecto de CSA-Freudenthal (Community Supported Agriculture, ou Agricultura Apoiada pela Comunidade) é um projecto com uma comunidade de aproximadamente 60 pessoas que, à semelhança de dezenas que têm surgido na Alemanha e outros países, procuram promover uma agricultura ecológica e solidária, através da redução do hiato entre consumidores e produtores e da partilha do risco por toda a comunidade. O planeamento da produção e dos custos é feito em conjunto, em base das necessidades da comunidade. Há uma contribuição monetária mensal para os custos do projecto, que é feita de acordo com as possibilidades de cada membro da comunidade. Duas vezes por semana os vegetais frescos são entregues no espaço colectivo para serem recolhidos por cada um.

Organização:
Organizadores