5ª feira – 19h00 – RDA69 (Regueirão dos Anjos, 69 | Metro Anjos)
intercâmbio * experiências * jantar popular * debate * redes e alianças
Iniciativas
 que partilham uma “identidade agroecológica” estão em grande expansão 
na Europa e por todo o mundo. Entre essas iniciativas constam, por 
exemplo, comunas rurais, hortas urbanas, projectos de permacultura, 
guardiões de sementes, CSA, cooperativas de consumo e iniciativas de 
transição. Em grande medida, 
essas iniciativas partilham os valores e linguagens dos movimentos 
agrários e ecológicos do Sul Global e de movimentos sociais 
anti-capitalistas.
O encontro 
visa oferecer um espaço para partilha de experiências e convergência de 
distintas iniciativas que partilham os valores da agroecologia.
Programa:
19h00 – Apresentação de iniciativas:
- La Garbancita Ecológica (Madrid) | Pilar Galindo
 - CAAS/Projecto 270 (Lisboa/Costa da Caparica) | Nuno Belchior
 - Horta Comunitária da Damaia (Amadora) | Rui Ruivo
 - Hortas pela Diversidade (Portugal) | Lanka Horstink
 - CSA-Freudenthal (Kassel, Alemanha) | Gualter Barbas Baptista
 
20h30 – Jantar popular com discussão aberta sobre os projectos apresentados
21h30 – Debate sobre o movimento e redes de agroecologia
As iniciativas apresentadas:
La Garbancita Ecológica
 é uma cooperativa sem fins lucrativos, para a promoção do consumo 
responsável agroecológico, autogestionado e popular. Após uma década de 
experiência, os Grupos Autogestionados de Consumo (GAKs) criaram em 2007
 este projecto de economia social como uma logística própria que 
assegura os direitos dos agricultores e consumidores ecológicos. O nosso
 nome expressa os nossos traços de identidade: http://www.lagarbancitaecologica.org/garbancita/index.php/quienes-somos
Um conjunto
 de pessoas da Assembleia Popular da Graça e Arredores e do grupo de 
Transição Anjos-Graça decidiu envolver-se no projecto chamado Coletivo de Apoio à Agricultura Sustentável (CAAS) promovido e dinamizado pelo Projecto 270
 na Costa da Caparica. A partir de Outubro, um grupo de 12 núcleos 
familiares irá receber semanalmente legumes biológicos produzidos pelo Projecto 270. Desde as escolhas das sementeiras até ao produto final da sua alimentação,o processo segue uma lógica de participação directa, consciente, activa e de abatimento dos custos para produtos melhores do que os encontrados no mercado convencional.
A Rede das Hortas pela Diversidade
 nasce no seio da Campanha Europeia pelas Sementes Livres, como o seu 
braço prático. A luta do movimento europeu pela libertação das sementes 
também tem sido travada no campo, recuperando a prática milenar de 
preservar e trocar sementes. A Campanha procura ligar em rede todas as 
hortas que promovam princípios de preservação do ecossistema, da defesa 
das sementes tradicionais e da agrobiodiversidade e ainda a colaboração e
 solidariedade entre hortelões. As Hortas pela Diversidade propõem-se a 
trocar informação, sementes e conhecimentos entre hortas dentro e fora 
da rede, a organizar eventos e oficinas em torno das temáticas da 
alimentação, variedades tradicionais, gastronomia local, 
agrobiodiversidade e soberania alimentar.
As
 Hortas em espaços urbanos são uma forma de utilização de espaços verdes
 que se vêm tornando cada vez mais frequente no mundo. A Horta Comunitária da Damaia,
 criada num espaço público degradado, agrega duas tipologias de horta 
urbana. Por um lado, a horta procura constituir um recurso no provimento
 de alimentos fundamentais para a alimentação dos moradores tendo, 
assim, um elevado carácter social e de inter-ajuda. Por outro lado, 
pretende constituir-se como um espaço de partilha de conhecimentos entre
 gerações, recorrendo a práticas agrícolas tradicionais e articulando-as
 com ideias inovadoras.
O projecto de CSA-Freudenthal (Community Supported Agriculture, ou Agricultura Apoiada pela Comunidade) é um projecto com uma comunidade de aproximadamente 60 pessoas que, à semelhança de dezenas que têm surgido na Alemanha e outros países,
 procuram promover uma agricultura ecológica e solidária, através da 
redução do hiato entre consumidores e produtores e da partilha do risco 
por toda a comunidade. O planeamento da produção e dos custos é feito em
 conjunto, em base das necessidades da comunidade. Há uma contribuição monetária mensal para os custos do projecto, que é feita de acordo com as possibilidades de cada membro da comunidade. Duas vezes por semana os vegetais frescos são entregues no espaço colectivo para serem recolhidos por cada um.
Organização:

